sábado, 31 de julho de 2010

Um filme e uma verdade...

Esta fala de Miranda Priesly em "O Diabo Veste Prada" retrata bem a moda, considerada fútil por muitos e usada ironicamente pelos mesmos que tem essa equivocada opinião.





"Entendi. Acha que isso não tem nada a ver com você. Você vai até o guarda roupa e escolhe esse suéter azul folgado para dizer ao mundo que se leva muito a sério para se importar com o que veste. O que você não sabe é que esse suéter não é apenas azul. Nem turquesa, nem lápis-lazuli. Na verdade, é cerúleo. E você não tem a menor noção de que em 2002 Oscar de la Renta fez vestidos cerúleos e Yves Saint Laurent jaquetas militares cerúleas. E o cerúleo logo foi visto em oito coleções diferentes. E acabou nas grandes magazines e, um tempo depois em alguma lojinha vagabunda de esquina, onde você sem dúvida o comprou em uma liquidação. Esse azul representa milhões de dólares e vários empregos e é meio cômico que ache que sua escolha a isente da indústria da moda, quando, de fato, usa um suéter que foi selecionado pelas pessoas nesta sala."
(Miranda Priesly – editora de moda da revista Runway em “O diabo veste Prada”).





sábado, 24 de julho de 2010

A moda do Brasil e o Brasil que está na moda



Inspiração no Maracatu, cultura pernambucana 
no desfile de Ronaldo Fraga para a SPFW-Verão 2011





Peles vermelhas, pés no chão.
Um mar de gente na Ilha, e no mar, pálidas gentes
que ao aportarem nesta terra, irrompem como sementes
a primeira inusitada mistura.
E ora ao som de correntes, ora de berimbaus e atabaques,
negros pés calcam o solo de uma Vera Cruz multiforme
e a torna multicor.
Rostos mesclados, faces tingidas, corpos pintados
Pau-Brasil, melanina e urucum.
Numa multidão cabocla, mulata e mameluca coexiste uma síntese cultural
de influências, valores e símbolos.
Partindo de um pluralismo, chegamos a uma diversidade singular:
Brasilidade.
A arte que confere a um país multiface uma personalidade única,
a capacidade de manter-se exclusivo num lugar de múltiplas escolhas e opções.

Por Dani Lopes


Crédito da imagem: rollingstone.com.br

Eu sei como será seu próximo verão...


Seus meses terão tons pastel, seus dias, corais e turquesas, suas horas terão matizes acesas  e sua estação, pretos e brancos.
Você terá pequenas flores, seus sonhos terão poás. Sua praia será luxuosa, seus colares terão o tamanho e a intensidade de nossas vozes e suas pulseiras, a largura de seus abraços.
Haverá ocasiões de ombro só, calores pedirão alcinhas, alguns dirão: "tomara-que-caia", passeios vão querer regatas, o charme vai morar em decotes "V", colos matemáticos terão molduras geométricas, ora redondas, ora quadradas.
As calças serão mais gentis e fofas com nossos quadris e mais justas com nossas pernas. Shorts também virão afofados. Estaremos fofas!
Pagaremos por jeans destruídos, desgastados, puídos, furadinhos, desbotados...Nossas saias encurtarão, vestidos subirão nossos joelhos e os dois escorregarão por nossos corpos.
O blazer se apropriará de leveza, já as sandálias querem ser pesadas, intensas, de tiras largas e saltos grossos.
Numa receita romântica uma pitada de brilho, tachas e correntes e voilá! Teremos algo rock'n roll.
Sapatinhos oxford escapolem do universo masculino e casam-se com vestidos de dia e de noite.
O Brasil e a natureza virarão estampas e você se ufanará disso.
Contemporâneas, nossos tecidos serão também plásticos e tecnológicos. Transparências e efeitos de rede nos trarão o efeito "que linda!".
Caso o sol resolva se refrescar, casaquinhos curtos terão affairs esporádicos com nossos vestidos.
Ah! E se quisermos nos feminilizar ainda mais, lançaremos mão de lindos corsets.
Bem vida à próxima estação.


Crédito da imagem: carvalhosdejustica.webnode.com.br