sábado, 24 de julho de 2010

Eu sei como será seu próximo verão...


Seus meses terão tons pastel, seus dias, corais e turquesas, suas horas terão matizes acesas  e sua estação, pretos e brancos.
Você terá pequenas flores, seus sonhos terão poás. Sua praia será luxuosa, seus colares terão o tamanho e a intensidade de nossas vozes e suas pulseiras, a largura de seus abraços.
Haverá ocasiões de ombro só, calores pedirão alcinhas, alguns dirão: "tomara-que-caia", passeios vão querer regatas, o charme vai morar em decotes "V", colos matemáticos terão molduras geométricas, ora redondas, ora quadradas.
As calças serão mais gentis e fofas com nossos quadris e mais justas com nossas pernas. Shorts também virão afofados. Estaremos fofas!
Pagaremos por jeans destruídos, desgastados, puídos, furadinhos, desbotados...Nossas saias encurtarão, vestidos subirão nossos joelhos e os dois escorregarão por nossos corpos.
O blazer se apropriará de leveza, já as sandálias querem ser pesadas, intensas, de tiras largas e saltos grossos.
Numa receita romântica uma pitada de brilho, tachas e correntes e voilá! Teremos algo rock'n roll.
Sapatinhos oxford escapolem do universo masculino e casam-se com vestidos de dia e de noite.
O Brasil e a natureza virarão estampas e você se ufanará disso.
Contemporâneas, nossos tecidos serão também plásticos e tecnológicos. Transparências e efeitos de rede nos trarão o efeito "que linda!".
Caso o sol resolva se refrescar, casaquinhos curtos terão affairs esporádicos com nossos vestidos.
Ah! E se quisermos nos feminilizar ainda mais, lançaremos mão de lindos corsets.
Bem vida à próxima estação.


Crédito da imagem: carvalhosdejustica.webnode.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Que delicia de texto Dani!
Poesia em linha reta,versos que dançam fora da forma do poema, mas dentro do corpo do poeta e que misturados ao mundo da moda comportam pessoas, paisagens e todas as formas de amor... construindo histórias, imagens, conceitos.Tudo isso porque palavras e moda aceitam tudo,pois não têm preconceito.
Impossível não se emocionar diante de tanta delicadeza.